A VONTADE
Capacidade de expressar livremente as próprias decisões. Onde há vontade, há um caminho. Por definição, o maçom é um homem livre que chega e permanece na Loja por sua própria vontade. Isso implica liberdade de consciência, decisão e ação. Esse tema está presente no ritual de iniciação. O candidato, por sua própria vontade e consentimento, solicita sua admissão aos mistérios da Maçonaria. Uma vez iniciado, o maçom usa conscientemente o martelo da vontade para golpear as saliências e imperfeições da pedra bruta, eliminando o que o impede de avançar na busca pela sabedoria. A vontade funda, sustenta e possibilita a realização do templo individual e do templo universal.
A vontade está ligada à Força. A “força de vontade” está relacionada à capacidade do indivíduo de se tornar uma versão melhor de si mesmo. Não é por acaso que, das duas colunas da entrada do templo, a coluna do aprendiz maçom é a coluna de Boaz, denominada de Força. É através da força de vontade que o aprendiz maçom (que somos todos nós) avançará em seu processo espiritual.
Surge um ponto: Geralmente, o maçom não é um asceta afastado de todas as contingências. Ele faz parte da sociedade de seu tempo, funcionando e fluindo dentro dela. Vivemos com nossas paixões, muitas das quais nos ajudam na busca pela sabedoria: a paixão pelo estudo, pela arte, por ajudar o próximo.
Daí a importância da vontade e do discernimento (o martelo e o formão) para avaliar o que nos ajuda ou atrapalha em nosso caminho espiritual; para desbastar a pedra bruta, despojá-la de suas asperezas — ou seja, de nossos preconceitos, egoísmo e até medos — sem quebrá-la.
A Maçonaria, através de seus rituais e ensinamentos, permite cultivar a força de vontade. Através da vontade, o maçom realiza um trabalho de introspecção com o objetivo de melhorar, superar-se, encontrar sentido em sua existência e trabalhar nisso, o que elevará seu nível de consciência.
ACP
